O sector das pescas vive com alguma incerteza e dificuldades porque uma das maiores fontes de rendimento passavam pela exportação e a economia no mundo parou, estando a produzir atualmente para o mercado interno.
A garantia é de Jorge Gonçalves, presidente da Associação de Produtores de Espécies Demersais dos Açores, que falava no programa da tarde da Rádio Pico.
Jorge Gonçalves divide o sector das pescas em duas áreas - por um lado os pescadores e por outro as entidades patronais.
Para os pescadores existem apoios como a isenção da taxa de lota ou Fundopesca.
Para as empresas o presidente admite que a linha de crédito com juros acima de um empréstimo normal não é uma forma de ajudar as empresas e está preocupado com os meses que se seguem porque a situação tende a agravar-se.
O presidente defende que é preciso criar mecanismos excecionais para ajudar as empresas recordando que os armadores não têm acesso ao fundo de desemprego.
Comparando as capturas entre 1 de março e 16 de abril do ano passado, com este ano, Jorge Gonçalves informou que houve uma quebra de 239 toneladas e uma perda de rendimento de cerca de 2,4 milhões de euros.
O presidente reconhece que o preço do peixe para o mercado local ainda está bastante elevado. Os pescadores têm que ganhar dinheiro mas defende um equilíbrio entre a oferta e a procura por forma a que o valor seja acessível a todas as famílias que viram reduzidos os seus rendimentos.