A Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico (CVIP) bateu este ano o recorde de vendas atingindo pela primeira vez um milhão e 800 mil euros, adiantou o Jornal Ilha Maior.
Estes números surgem depois de dois anos atormentados pela pandemia da covid-19, com uma forte probabilidade de crescer em 2023. Esta é pelo menos a expectativa do conselho de administração da CVIP que, segundo Losménio Goulart, poderá ser uma meta ambiciosa mas que está confiante dadas as novas parcerias consolidadas, de novos parceiros e de novos mercados, admitindo ao Jornal Ilha Maior o seu orgulho em relação a estes resultados.
Com estes resultados foi possível regularizar os pagamentos em atraso aos produtores relativos a 2020 e 2021, estando agora pendente o pagamento da campanha de 2022. Para o presidente da CVIP esta recuperação só foi possível devido ao “grande investimento” na projeção dos vinhos no plano internacional e regional e aos clientes que permaneceram fiéis apesar das dificuldades.
Agora, com os pagamentos em dia, a cooperativa lida agora com os empréstimos assumidos no início da pandemia que, até 2024, estão a sobrecarregar as contas, no entanto, Losménio Goulart garante que os sócios “podem estar descansados” com a saúde financeira da CVIP, admitindo a possibilidade de se alterar o preço das uvas pagas ao produtor, ou seja, se a produção for baixa o preço das uvas vai aumentar para garantir a rentabilidade mínima das explorações, mas se a produção por alqueire for muito elevada o valor a atribuir por quilo de uva terá de baixar porque a rentabilidade das explorações estará assegurada”.
Ilha Maior/RP