Decorreu ontem a sessão de abertura da Semana dos Baleeiros na Igreja Matriz das Lajes do Pico.
A sessão contou com a atuação do Grupo Coral das Lajes do Pico, a entrega do prémio aos vencedores do II concurso Nacional de Composição Coral Manuel Emílio Porto, a interpretação das obras vencedoras pelo Animae Vox e Ensemble Vocal e interpretação de três temas pelo grupo Coral das Lajes e Orquestra de Sopros do Município das Lajes.
No II concurso Nacional de Composição Coral Manuel Emílio Porto o vencedor na categoria de vozes brancas foi Eduardo Serra com a obra “Sentados num jardim a comer um pudim” e na categoria de coro misto o vencedor foi Miguel Jesus com a obra “Eu sou a tela”.
João António das Neves, pároco da matriz das Lajes que discursou na sessão de abertura disse que a festa de nossa Sra de Lurdes tem sofrido uma caminhada. Começou por ser uma festa religiosa e hoje está associado um programa religioso e cultural.
No futuro espera que o povo continue a se empenhar e que os visitantes se sintam em casa e que vivam a fé deste povo.
Roberto Silva, presidente da autarquia das Lajes do Pico, disse que a câmara organiza o último festival de verão do triângulo que integra a festa de nossa Sra. de Lurdes desde 1883 e a semana dos baleeiros instituída 1986. Ao longo destes dez anos o presidente destacou algumas inovações na festa como a abertura da semana dos baleeiros na igreja, recuperaram o fado na ermida de São Pedro, fizeram o desfile etnográfico, criaram na música projetos inovadores como a escola de música a orquestra municipal e o concerto com as filarmónicas do concelho. Projetaram artistas locais como Manuel Costa, lançaram livros e homenagearam a primeira comissão da semana dos baleeiros.
O presidente da câmara municipal afirmou que vivem num concelho remoto, mas não têm um território menos bonito e amado e lamentando que este território não pode ser desconsiderado por fobias ambientalistas que prejudicam o município e a semana dos baleeiros dando como exemplo a proibição da tenda eletrónica na plataforma costeira com prejuízos para todos os lajenses.
Gui Meneses, secretário regional do mar ciência e tecnologia, em representação do presidente do governo regional, recordou que em anos anteriores as autorizações foram dadas porque o habitat se encontrava degradado, mas este ano recuperaram essa zona que faz parte da Rede Natura 2000 e embora não seja da sua competência adiantou que vão ser feitas outras intervenções por forma a poderem utilizar aquele património cultural de outra forma.