A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo salientou ontem, na Horta, que a futura Casa das Aves Marinhas dos Açores é "mais um investimento relevante na conservação da natureza e na preservação e divulgação do património natural”, face à importância da biodiversidade das ilhas dos Açores.
Marta Guerreiro que falava no lançamento da primeira pedra da futura Casa das Aves Marinhas dos Açores, um investimento da Junta de Freguesia de Castelo Branco, desenvolvido com o apoio técnico da Direção Regional do Ambiente, que deve estar concluído durante a primavera de 202 referiu que no período de 2017 a 2020, foram investidos “cerca de 44 milhões de euros na conservação da natureza, o que representa um acréscimo superior a 80% face aos quatros anos anteriores”.
A titular da pasta do Ambiente destacou a importância desta iniciativa da Junta de Freguesia, localizada junto à Reserva Natural do Morro de Castelo Branco, que se pretende que seja “uma valência única” no arquipélago dedicada às aves marinhas, “com enfoque especial no cagarro e no frulho”.
Marta Guerreiro referiu que a futura estrutura vai permitir o contacto direto de públicos variados com as particularidades destas aves, o que contribuirá para "a divulgação da importância da sua conservação junto população, particularmente os turistas que visitam a ilha do Faial".
Trata-se de um espaço com cerca de 180 m2, composto por uma zona da receção e loja, uma área expositiva de caráter permanente, em que o acesso é realizado através de um túnel de sons da avifauna marinha dos açores, e um pequeno auditório multiusos com capacidade para cerca de 30 pessoas, que irá dispor de um sistema audiovisual concebido para exibição de um filme de alta definição, que incidirá, essencialmente, sobre o Morro de Castelo Branco e as aves marinhas dos Açores.
Neste espaço, será possível a realização de ações educativas, workshops, seminários sobre a temática da avifauna, bem como reuniões de trabalho.
A Reserva Natural do Morro de Castelo Branco foi alvo, em 2015, de uma intervenção paisagista com a finalidade de ordenar, de forma harmoniosa, o espaço, garantindo as condições de acessibilidade pedonal, também para pessoas com mobilidade reduzida, para a contemplação desta estrutura geológica, para além da construção de um pequeno auditório ao ar livre para que os visitantes possam apreciar o canto noturno dos cagarros.
A Secretária Regional lembrou ainda o importante papel da rede de centros ambientais, distribuídos por todas as ilhas do arquipélago, destacando que, até ao mês de outubro, registaram-se “quase 400 mil visitantes”.
Som Marta Guerreiro