Os Açores vão reabrir creches e jardins-de-infância e retomar as visitas a lares de idosos, de forma faseada, consoante a evolução do surto da Covid-19 nas diferentes ilhas, até 1 de junho.
“Todos temos consciência dos condicionamentos, mas estamos conscientes da importância que a reabertura destes creches, com as melhores condições possíveis. Atendendo às circunstâncias, é fundamental para que os pais possam retomar as suas atividades e normalizar um pouco a sua vida profissional”, disse a secretária regional da Solidariedade Social, Andreia Cardoso, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.
Creches, jardins-de-infância, centros de atividades ocupacionais, centros de dia e centros de noite retomam a atividade em 25 de maio, nas ilhas do Pico, Faial, Terceira e São Jorge, onde não há registo de novos casos da Covid-19 há mais de um mês, e a 1 de junho nas ilhas de São Miguel e Graciosa.
Nas ilhas das Flores, Corvo e Santa Maria, que não registaram qualquer caso de infeção pelo novo coronavírus, estes serviços reabriram no dia 6 de maio.
Até 1 de junho, os trabalhadores com filhos menores de 12 anos podem continuar a recorrer a um apoio social e às faltas justificadas para cuidarem dos filhos, mesmo nas ilhas que reabrem estes serviços mais cedo.
Já as visitas a estruturas residenciais para idosos, suspensas desde o final de março, serão retomadas na segunda-feira, dia 18 de maio, nas ilhas de Santa Maria, Flores e Corvo, no dia 25 nas ilhas do Pico, Faial, Terceira e São Jorge e no dia 1 de junho em São Miguel e Graciosa.
As visitas aos lares ocorrerão com agendamento prévio, em cumprimento de regras de higienização, com distanciamento físico e utilização de máscara.
“É um contacto muito condicionado. Será reduzido a uma vez por semana, em horário limitado, num espaço específico para o efeito, sem contacto físico. Todos estes aspetos são fundamentais. É um regresso à normalidade possível, mas não colocando de todo em causa a segurança que tem de ser garantida naqueles estabelecimentos tão importantes para os idosos”, sublinhou Andreia Cardoso.
Nas creches e jardins-de-infância também há regras de higiene e distanciamento social a cumprir, embora a governante admita que sejam mais difíceis de implementar.
“Não é possível garantir determinadas condições de distanciamento entre as crianças, enquanto elas estão em atividade, mas é possível dinamizar as atividades, que, no fundo, garantem aqui algum distanciamento dentro daquilo que é razoável com crianças de tão tenra idade”, afirmou.
Entre outras medidas, os funcionários das creches e jardins-de-infância serão obrigados a utilizar máscara e terão de ser instalados dispositivos de desinfeção das mãos em locais estratégicos e onde não seja possível lavar as mãos.
Devem ser adotados horários desfasados para entrada e saída das crianças e para a utilização de refeitórios e os espaços e brinquedos de utilização comum devem ser desinfetados regularmente.