São Roque acolheu II Encontro ...
O Plano para a Erradicação da Brucelose Bovina, implementado pelo Governo dos Açores, assentou fortemente na vacinação, com a “Vacina RB51”, apresentando-se como uma nova tecnologia ao serviço da saúde animal, sendo os serviços oficiais açorianos os pioneiros da sua aplicação na Europa.
No entanto, o Plano de Erradicação e o seu sucesso, não se centraram só na vacina mas também através de uma organização inovadora, quer em recursos humanos, quer materiais, recorrendo-se a estruturas informáticas e a sistemas de geo-referenciação, que permitiram identificar correctamente a constituição parcelar de cada exploração e automatizar o processo de trabalho no terreno, bem como orientar o escalonamento e as saídas das brigadas de sanidade animal para o campo.
De realçar que, a partir de Abril de 2008, passou a ser possível algo que não se verificava há mais de 50 anos nos Açores: as explorações e produtores poderem exportar bovinos para fora da Região, com a mais-valia de serem animais reprodutores de alta genética (de carne ou de leite), o que vem também abrir uma enorme potencialidade às explorações agro-pecuárias que, possuidoras de uma boa genética animal, podem também diversificar os seus produtos e passar a vender bovinos reprodutores a preços competitivos.
Estes excelentes resultados na Brucelose beneficiam também, directamente, a saúde pública regional, consolidam a confiança dos consumidores pelas produções dos Açores, aumentando e valorizando a qualidade do agro-alimentar regional e provocando a escolha dos produtos regionais de origem animal junto dos consumidores, com largos benefícios para a imagem da economia açoriana.
Nos Açores, existem actualmente seis ilhas que detêm o estatuto de “Oficialmente Indemnes” à Brucelose Bovina (Santa Maria, Graciosa, Pico, Faial, Flores e Corvo), atribuído pela Autoridade Veterinária Europeia.
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