A Diretora Regional da Energia afirmou ontem que os incentivos para aquisição de equipamentos para produção e armazenamento de energia a partir de fontes renováveis, concedidos pelo Governo dos Açores através do PROENERGIA, “praticamente duplicaram”, ou seja, aumentaram 98% “no primeiro semestre de 2020 face ao período homólogo de 2019”, dados que considerou “expressivos e encorajadores” e que evidenciam o resultado do trabalho conjunto que tem sido desenvolvido com os Açorianos na “promoção da transição energética do arquipélago”.
Durante o primeiro semestre de 2020, a Direção Regional da Energia aprovou 468 candidaturas, correspondendo a 515 equipamentos elegíveis ao abrigo do PROENERGIA, num montante global superior a 386 mil euros, o que corresponde a um investimento superior a um milhão de euros.
Andreia Carreiro salientou que este sistema de incentivos sofreu uma profunda alteração em 2019, reduzindo o investimento mínimo necessário de 1.000 para 500 euros, aumentando a gama de equipamentos elegíveis, naquele que foi um alinhamento com os preços praticados no mercado.
Para além dos sistemas de produção, o PROENERGIA passou a contemplar o armazenamento de energia, sendo que, em ambos os casos, o incentivo é de 25%, até um limite máximo de 4.000 euros.
Os mesmos valores são aplicados no caso dos sistemas de produção de energia calorífica.
No âmbito desta alteração, o valor do incentivo aos sistemas de apoio à produção de águas quentes aumentou para 35%, até um limite máximo de 4.000 euros, estimulando assim uma efetiva transição energética.
O incentivo concedido a projetos que se realizem em territórios abrangidos pela Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO (Corvo, Flores, Graciosa e São Jorge) foi alvo de majoração em 12 pontos percentuais, de modo a contribuir para a salvaguarda e valorização do património natural daqueles territórios.