Os próximos atos eleitorais, as regionais dos Açores e as presidenciais de 2021, vão decorrer com luvas, máscaras, viseiras e álcool nas mesas de voto e o mínimo de canetas partilhadas, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE).
O porta-voz da CNE, João Tiago Machado, disse à Agência Lusa que “há uma articulação com a Direção-Geral de Saúde” (DGS), a qual está “a preparar um documento com orientações específicas”, assim como com o Ministério da Administração Interna (MAI) e, no caso açoriano, com a direção regional de saúde local.
Numa nota publicada no seu “site” no final de julho, a CNE afirmou que “a compatibilização da igualdade de tratamento dos cidadãos e de oportunidades e ação das candidaturas em tempo de pandemia com as garantias de segurança dadas pelas medidas determinadas pelas autoridades de saúde pública são preocupações centrais da Comissão Nacional de Eleições”.
Nesse sentido, prosseguiu, os contactos em curso visam “a adoção de medidas que concretizem o equilíbrio desejado entre os direitos de participação política e as restrições e recomendações para salvaguarda da saúde pública e que possibilitem, com garantia, fazer chegar aos cidadãos a mensagem de que votar é seguro”.
Outro fenómeno que está a gerar expectativa, admitiu João Tiago Machado, é o potencial crescimento do voto antecipado, desde logo para as pessoas com covid-19 e isoladas em casa ou hospitalizadas.
As eleições para a Assembleia Regional dos Açores vão realizar-se em outubro, não havendo ainda data, e as eleições presidenciais em janeiro.