A partir de 2022 será proibido utilizar produtos com glifosato em espaços públicos nos Açores.
A proposta, da iniciativa do BE, que visa “proteger a saúde pública e o ambiente”, entra em vigor no início de 2021, e estabelece o prazo de um ano para as autarquias e os serviços da administração pública se adaptarem aos métodos alternativos de combate às ervas espontâneas.
Vai acabar, assim, a utilização de glifosato nas vias públicas, jardins e parques “em que o trabalhador que o aplica se encontra equipado e protegido, quando, simultaneamente, no mesmo local, os transeuntes - tantas vezes crianças - passam desprotegidos ignorando os riscos que correm”, referiu António Lima.
Os efeitos da exposição ao glifosato continuam a ser estudados e embora não haja certezas absolutas sobre estes, a Agência Internacional para a Investigação sobre o Cancro (AIIC) da Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou - em março de 2015 - o glifosato como “carcinogénico provável para o ser humano”.
Nos Açores, o glifosato é amplamente utilizada no espaço público e, segundo o representante da ANAFRE ouvido em comissão, no parlamento, 98% das juntas de freguesia dos Açores utilizam-no.
As alternativas existem – como métodos mecânicos e térmicos –, são viáveis, e já estão a ser aplicadas por várias autarquias dos Açores.
Estes métodos mais seguros e amigos do ambiente para a remoção de ervas espontâneas nos espaços públicos vão passar a ser utilizados por todas as freguesias, autarquias e administração regional.