A deputada do Partido Socialista dos Açores à Assembleia da República afirmou ontem que “Nenhuma ilha, nenhum Açoriano, poderá ser deixado para trás, e sabemos que sendo nove ilhas, há um conjunto de desafios adicionais, mas temos de assegurar que todos os Açorianos que queiram e possam são vacinados” afirmou.
Lara Martinho, que participava na audição ao coordenador da Task Force para o Plano de Vacinação contra a Covid-19, Francisco Ramos, no âmbito da Comissão de Saúde e, defendeu, na ocasião, a necessidade de que o processo de vacinação na Região Autónoma dos Açores “ocorra da melhor forma possível”, de forma a garantir “uma célere recuperação da nossa economia e a normalização da nossa vida social”.
Nesse sentido socialista questionou o responsável do Plano de Vacinação quanto ao número total de vacinas que a região irá receber. Os critérios definidos para aplicação do número de vacinas na Região em cada fase foi outra das questões colocadas por Lara Martinho que quis ainda saber se já se estabeleceram contactos com a Comissão Especial de Acompanhamento da Luta contra a pandemia por Covid-19 nos Açores.
A socialista questionou ainda o responsável pela Task Force se “tem conhecimento de qual será a logística de transporte da vacina para a Região Autónoma dos Açores e posterior transporte inter-ilhas”.
Na resposta, o coordenador da Task Force afirmou que as Regiões Autónomas, quer os Açores como a Madeira, terão “o número de vacinas proporcional à população, ou seja, este primeiro lote que vai chegar brevemente, 2,5% das vacinas, um pouco mais, por uma questão de dimensão das embalagens, será canalizado para os Açores e para a Madeira”.
Quanto à sua entrega em cada uma das regiões, Francisco Ramos considerou que a mesma será responsabilidade da empresa, assegurando que os pontos já estão identificados e transmitidos à Pfizer.
Já em matéria de transporte, que será assegurado pela empresa afirmou o coordenador, acrescentando ainda haver uma outra empresa contratualizada pela União Europeia, cujo contrato prevê a entrega num único ponto de cada país. A esse respeito, Francisco Ramos afirmou ter tentado negociar que esses pontos sejam alargados às Regiões Autónomas, mas, como o contrato prevê apenas um único ponto, “teremos, portanto, que encontrar as soluções para que essas vacinas cheguem às Regiões Autónomas”, vacina esta que “não estará cá, em Portugal, antes de junho. Ainda temos tempo para desenhar essa logística” realçou Francisco Ramos.