O coordenador da avaliação externa do ProSucesso, João Cabral, considerou, na Assembleia Regional, que aquele programa educativo açoriano implementado em 2015 “falhou de forma geral”, porque quis abranger todos os ciclos de ensino.
Criado em 2015 pelo Governo Regional liderado pelo PS, o Plano Integrado de Promoção do Sucesso Escolar, designado por ProSucesso, visava a redução da taxa de abandono precoce da educação e o aumento do sucesso escolar em todos os níveis e ciclos de ensino.
João Cabral alertou que “nem todas as componentes” do programa falharam, uma vez que o ProSucesso teve um “impacto positivo” ao nível do primeiro ciclo.
O deputado do PS Rodolfo Franca evocou críticas de professores ao relatório em causa e questionou se “não era melhor” assumir que aquele relatório estava incompleto, uma vez que não foram “ouvidas algumas partes”, como a Inspeção Regional de Educação.
João Cabral alertou para a “grande carga de trabalho burocrático” nas escolas, sugerindo a criação de uma “carreira intermédia na área do ensino para aliviar” a burocracia a cargo dos professores.
Na mesma comissão, a secretária da Educação do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM), Sofia Ribeiro, realçou que o executivo foi “totalmente isento” à avaliação externa.
“O Governo Regional não tinha qualquer intenção de comprovar sucessos nem comprovar insucesso. A nossa intenção é sujeitar um plano, assim como os restantes processos educativos, a uma avaliação externa”, afirmou.
Sofia Ribeiro realçou que o relatório concluiu que existiu uma “apreciação mais ou menos positiva” de alguns aspetos do programa educativo.
“Se tivéssemos, desde novembro 2021, uma avaliação externa que fosse francamente negativa e totalmente negativa a um projeto educativo, neste momento já não tínhamos tido qualquer hesitação em rever este processo. Não é este o caso”, concluiu.
Fonte: Lusa/AO Online