A Câmara do Comércio e Indústria dos Açores defendeu ontem que o próximo quadro comunitário de apoio deve “privilegiar” a “produção privada orientada para as exportações” porque a economia regional tem divergido do país e da Europa.
Mário Fortuna, presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, falava após uma reunião com o presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, que está a receber os parceiros sociais no âmbito da elaboração o Programa Operacional (PO) 2030, no Palácio de Sant’Ana, sede da Presidência, em Ponta Delgada.
O empresário destacou que, nos “últimos tempos”, os indicadores económicos dos Açores “têm estado a divergir e não a convergir, quer com o país, quer com a União Europeia” e salientou que o Produto Interno Bruto [PIB] e o poder de compra da região encontram-se nos “níveis comparativos de 1999”.
“A nossa capacidade exportadora de bens e serviços é uma fração pequenininha, é menos de metade daquilo que nós importamos […]. É aí que poderá estar o segredo para mudar a orientação futura da economia: focarmo-nos bastante nas exportações porque são as exportações que ampliam os nossos mercados”, afirmou.
Mário Fortuna defendeu ainda que o próximo quadro comunitário de apoio deve “contemplar também o reordenamento e a regeneração urbana” e fomentar a “descarbonização” e as “competências digitais” das empresas.
Salientando que o PIB açoriano caiu 9,2% em 2020, o empresário defendeu a “maximização” dos apoios a fundo perdido para as empresas regionais.
Fonte: Jornal Açores 9