O Partido Socialista dos Açores lamentou esta semana que a recente extinção da figura do Provedor do Utente da Saúde e, por essa via, a demissão do atual titular do cargo, Carlos Arruda, seja mais um ato de saneamento político por parte do Governo Regional que “confunde lealdade institucional com fidelidades partidárias ou pessoais”.
Para Francisco Coelho, membro do Secretariado Regional do PS/Açores, este é mais um exemplo “da crescente sanha de perseguição política, de ameaças e de represálias sobre aqueles que não são do agrado do Governo Regional”.
Salientando que a decisão, por parte do Executivo, em extinguir a figura do Provedor do Utente “nada tem a ver com a melhoria da ação de fiscalização e acompanhamento das queixas feitas pelos doentes Açorianos sobre o funcionamento do Serviço Regional de Saúde”, Francisco Coelho refere que a solução encontrada para substituir a figura do Provedor é “mais limitada e nada independente”.
Nesse sentido, relembra que o Provedor do Utente estendia a sua ação a todos os que prestam cuidados de saúde integrados ou articulados com o Serviço Regional de Saúde. A a entidade que agora o substitui, deixa de fora os profissionais liberais.
Perante estes comportamentos Francisco Coelho assegurou que o PS/Açores “condena e repudia este ato de saneamento político” informando que o Grupo Parlamentar do PS/Açores irá solicitar, com a máxima urgência, a audição do Dr. Carlos Arruda pelo Parlamento dos Açores.