As três câmaras hiperbáricas existentes nas unidades de saúde dos Açores, estão sem certificação, embora só duas delas estejam a ser utilizadas regularmente para tratar acidentes de mergulho ou para curar feridas.
Segundo o Açores 9 que sita a Agencia Lusa, em causa estão as câmaras hiperbáricas dos hospitais do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, e do Hospital da Horta, no Faial, que perderam a certificação que ostentavam, embora continuem a ser utilizadas, e também um equipamento semelhante instalado no Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores, que só era utilizado pontualmente.
Segundo a mesma fonte, a empresa alemã que montou as câmaras hiperbáricas nos Açores exige 340 mil euros por cada certificação, valor que as administrações hospitalares consideram ser “incomportável”, embora os tratamentos com este tipo de equipamento não tenham sido, entretanto, suspensos.
O gabinete da secretária regional da Saúde, Mónica Seidi, lembra ainda que as câmaras hiperbáricas de Ponta Delgada e da Horta “estão em pleno funcionamento” e que os profissionais de saúde que operam com estes equipamentos, estão “devidamente credenciados” para trabalharem com estes sistemas, e fazem-no “sem quaisquer problemas de natureza técnica”.
Quanto à câmara hiperbárica das Flores, oferecida pelo Clube Naval da Horta para dar apoio aos praticantes de mergulho no Grupo Ocidental dos Açores, está inoperacional há vários anos, e apenas era utilizada, pontualmente, por um médico do Hospital da Horta, quando se deslocava àquela ilha.
A sala onde o equipamento estava montado foi, entretanto, transformada em armazém e arquivo.
Estes equipamentos são utilizados, por exemplo, no tratamento de feridas que não cicatrizam e também em situações de anemia grave, embolia pulmonar, queimaduras, envenenamento, descompressão e gangrena, entre outros.
Lusa/Acores9/RP