A Brigada Anti Crime da PSP e a Polícia Judiciária (PJ), estão a investigar um alegado crime de falsificação de documentos, associado à venda de cartas de condução que envolve vários residentes na ilha do Pico. O esquema fraudulento consistiu na falsificação e venda de cartas de condução, que foram adquiridas por condutores que, alegadamente, não chegaram a frequentar a escola de condução nem a realizar o exame necessário para ficarem habilitados a conduzir.
A notícia é avançada pelo Jornal Ilha Maior que acrescenta que já foram ouvidas várias pessoas, muitas das quais obrigadas a devolver a carta de condução ficando automaticamente impedidas de conduzir e de utilizar a viatura automóvel.
No caso da investigação em curso pela PSP, o alegado crime envolve um grupo que operava entre o Continente, os Açores e alguns países africanos, e um dos implicados residia na ilha do Pico, assumindo a ligação entre o comprador e a rede que emitiu os documentos falsos. Na outra investigação, a cargo da PJ, já foram ouvidas mais de 15 pessoas que adquiriram os títulos de condução, sem terem realizado o exame exigido por lei, mas que durante anos conduziram utilizando documentos falsos. Sobre este ato ilícito, uma fonte da PJ ouvida pelo Ilha Maior assumiu apenas que não se pode pronunciar sobre as investigações em curso sem estarem encerradas.
As investigações permitirão levar a julgamento os cabecilhas das redes que venderam os títulos de condução falsificados e sem qualquer validade legal, não constando nos registos do IMT (Instituto da Mobilidade e dos Transportes), e o próprio condutor terá de ser ouvido em tribunal por ter adquirido documentos falsos.
A falsificação da carta de condução é um crime punido com pena de prisão que pode variar entre os seis meses e os cinco anos e qualquer cidadão que seja detetado com um documento falso será apresentado às autoridades judiciais.
Ilha Maior/RP