O setor da construção civil está em risco de paralisar nos próximos dias por falta de areia.
A notícia é avançada pelo Ilha Maior que acrescenta que esta situação, que se tem repetido nos últimos anos, está a gerar insatisfação entre os empresários de construção civil que foram obrigados a reduzir o ritmo dos trabalhos e a suspender algumas obras por um período indeterminado.
A falta de matéria - prima deve-se ao facto de o barco da Rufribetão Lda, com sede na ilha do Faial, responsável pela distribuição pelos grupos Central e Ocidental, se encontrar no Estaleiro Naval da Madalena desde o passado mês de junho, deixando a ilha do Pico sem o fornecimento habitual.
De acordo com a mesma fonte, os trabalhos de manutenção do barco estão concluídos, mas existem outros problemas que impossibilitam a sua colocação na água para retomar da extração.
Neste momento, o stock de areia na ilha é praticamente inexistente e o pouco que existe está a ser comercializado a preços exagerados. Um metro cúbico de areia, que era vendido a 40 euros, passou nas últimas semanas para os 80 euros e mesmo assim está em vias de esgotar.
Em declarações ao Ilha Maior, os empresários da construção civil olham com apreensão para este aumento dos preços e um dos empreiteiros ouvidos defende a atribuição de licenças a outras empresas para assegurar o fornecimento regular e acabar com o monopólio na distribuição.
Ilha Maior/RP