Terça-feira iniciou-se na cidade da Horta os trabalhos parlamentares. A sessão começou com um debate de urgência sobre a análise da situação do desemprego na Região Autónoma dos Açores requerido pelo grupo parlamentar do bloco de esquerda.Numa intervenção de tribuna, Zuraida Soares deu a conhecer a percentagem de desemprego, que em Janeiro deste ano ultrapassou os 6 mil desempregados, bem como a má situação de empresas na região que em 2009 era de cerca de 18 %.A terminar propôs 10 medidas como forma de combater a situação desfavorável em que está a ultrapassar a região como por exemplo: constituir um conselho consultivo para a inspecção regional de trabalho, incluir na lista de bens sujeitos ao regime de preços máximos o pão de farinha de trigo tipo 65, estabelecer critérios de redução de electricidade a agregados familiares com pessoas em situação de desemprego, implementação do passe social, valorizar o complemento regional de pensão para todos os pensionistas, cuja pensão seja inferior ao salário mínimo regional, entre outras.Intervindo no debate Carlos César afirmou que “os açorianos podem contar com um Governo que procura ter discernimento nas medidas que está a tomar”. O presidente do Governo assegurou mesmo que o compromisso do seu executivo é de estar empenhado em “ajudar os que precisam”, sejam eles homens, mulheres ou empresas.Sublinhando que cabe também aos partidos da oposição um papel construtivo nessa matéria, Carlos César manifestou a convicção de que “é preciso que digam coisas novas e coisas realizáveis”.Da bancada do PSD, António Marinho afirmou que “o que começou por ser uma crise financeira, actualmente já é uma crise social” e há que “encarar essa situação”. Indo a valores, e segundo o deputado, no último trimestre de 2009 existiam cerca de 8 mil desempregados o que significa que 10 % das famílias açorianas tem problemas de desemprego.Artur Lima, do CDS-PP, também interveio e defendeu um “aumento na divulgação do regime de microcrédito bancário como forma de estimular o auto-emprego”.Artur Lima, apontou que “quem cria emprego são as empresas e que estas têm que ser apoiadas, mas é preciso apoiá-las com responsabilidade”.Por fim Paulo Estêvão, do PPM, disse que “se a região fosse mais divulgada conseguiam crescer um sector com potencial enorme” e assim ajudava a combater o desemprego.