O hóquei é uma modalidade que tem potencial para voltar a ser das mais populares no centro e sul da Europa, nomeadamente em Portugal e Espanha. Contudo necessita de passar uma imagem de maior credibilidade, de ter regras menos arbitrárias, bastidores mais limpos e, consequentemente, árbitros mais idóneos.O proteccionismo às equipas catalãs tem sido por demais evidente nesta Final a 8 da Liga Europeia de hóquei em patins e neste jogo entre o Candelária e o Réus atingiu o seu auge, curiosamente com o sr. Gianni Fermi, italiano, a desempenhar na perfeição a encomenda que lhe foi feita de colocar a qualquer preço uma equipa catalã na final. Se assim não foi, o sr. Fermi terá então algo contra a equipa picoense, como ficou evidenciado no trabalho premeditadamente tendencioso e tecnicamente reprovável que produziu e que afastou o Candelária do lugar na final que merecia e que justificou, até porque marcou um golo legal invalidado pelo sr. Fermi à beira do fim.O Candelária encarou este jogo inédito no seu historial de forma personalizada, defensivamente bem e com um enorme João Miguel, e um ataque paciente e objectivo.O Réus mostrou respeitar os picarotos desde o apito inicial, e tinha no guardião Trabal um grande obstáculo ao jogo mais objectivo dos verde-brancos.Com Sérgio Silva menos inspirado, fruto talvez do cansaço acumulado, e Montivero menos explosivo, foi o capitão Tiago Resende que emergiu de um grupo coeso e a produzir um bom jogo, para marcar dois golos – a meio da primeira parte e aos 21,20min – com remates fortes e imprevisíveis que surpreenderam o guardião catalão.Pelo meio o Réus empatou a um por “Negro” Paez na sequência de um livre directo superiormente defendido por João Miguel, com uma falha de marcação a permitir a recarga vitoriosa do veterano argentino da equipa espanhola.Se na primeira parte o sr. Fermi já dava mostras do que pretendia, nomeadamente com a dualidade de critério relativamente às faltas simples e às de equipa – ao intervalo o Candelária somava 9 faltas para 4 do Réus –, na segunda metade o árbitro italiano já nem se preocupava em disfarçar o que pretendia. A forma como apitava e a forma como se dirigia aos jogadores e ao banco picaroto deixavam a nu toda a premeditação do seu desempenho, ao ponto de dar mostras de pretender desautorizar o seu companheiro de equipa quando este apitava correctamente mas contra os seus intentos.Um espectáculo mau demais deste italiano que adulterou a verdade desportiva, aos olhos do mundo e de forma premeditada e descarada, na meia final da mais importante prova de clubes do mundo em hóquei me patins.Independentemente dos clubes que ganham e que perdem, perante este tipo de manipulação de resultados, a propaganda à modalidade só pode ser negativa e gerar cada vez menos credibilidade.Deixamos a sugestão a quem manda no hóquei em patins para pensar bem se vale a pena ganhar a qualquer preço se isso estiver a matar a modalidade…Sair de “cabeça bem erguida” não chega de maneira nenhuma para o Candelária porque o seu legítimo lugar era estar na final deste sábado… Ficha de Jogo – Liga Europeia – Meia-Final – 20.05.11Pavilhão Polidesportivo de Andorra, Andorra-a-VellaÁrbitros: Gianni Fermi e Alessandro da Prato (Itália) REUS DEPORTIUGuillem Trabal; Marc Gual, Xavier Caldu, Albert Casanovas e Jordi Molet (cinco inicial)Jogaram ainda: Raul Marin e José Luis Paez Não utilizados: Felipe Quintanilla, Salvat Carboó e Marc OlleTreinador: Alejandro Dominguez Disciplina: cartão azul para Marc Gual (41,15’)Golos: José Luis Paez (15,25’), Raul Marin (42,45’) e Jordi Molet (49,40’) CANDELÁRIA SCJoão Miguel; Tiago Resende, Sérgio Silva, Jorge Silva e Martin Montivero (cinco inicial)Jogaram ainda: Mauro Fernandez e Maxi OlivaNão utilizados: Milton Jorge, Edgar Pereira e João MatosTreinador: Carlos Dantas Disciplina: cartão azul para Montivero (9,42’ e 36,50’) e para o banco do CandeláriaGolos: Tiago Resende (12,40’ e 21,20’) Marcha do marcador: 0-1, 1-1, 1-2 (intervalo) 2-2, 3-2Resultado final: Réus 3-2 Candelária SCRádio Pico – Nuno Santos