O Governo dos Açores vai apresentar em Bruxelas uma “nova justificação técnica” para garantir a prorrogação que permite viabilizar a casta que dá origem ao denominado vinho de cheiro, disse à Agência Lusa o secretário da Agricultura.
Segundo António Ventura, “mantém-se as limitações temporárias”, mas há sempre “uma autorização temporária para a produção destas castas diretas, que têm a ver com o vinho de cheiro”.
O secretário Regional admitiu, contudo, que o Governo Regional tem a ambição de deixarem de existir prorrogações e a casta americana Isabelle, que gera o vinho de cheiro, passe a integrar a carta relativa às castas de uvas de vinho autorizadas pela União Europeia.
No regulamento da Comissão Europeia que estabeleceu a organização comum dos mercados dos produtos agrícolas impôs-se a proibição das variedades híbridas de vinha como a casta Isabelle, cultivada nos Açores, tendo a região vindo a beneficiar de derrogações.
O vinho de cheiro não está, no entanto, autorizado pela União Europeia a ser comercializado no exterior, sendo apenas consumido na região.
Lusa/RA/RP