Segundo o Açoriano Oriental, a Região Autónoma dos Açores não tem apenas a taxa de mortalidade por cancro mais alta do país, como tem vindo a crescer desde 2020, ao contrário do que acontece no Continente e na Madeira.
Esta é uma das conclusões apresentadas na auditoria intitulada “Estratégia Regional de Prevenção e Combate às Doenças Oncológicas” que a Secção Regional dos Açores do Tribunal de Contas (SRATdC) publicou na semana passada.
O documento em questão revelou que os Açores, “considerando todas as idades e ambos os sexos”, têm a mais alta taxa de mortalidade por cancro do país, tanto bruta (281,9 por 100 mil pessoas) quanto padronizada (192,6 por mil pessoas), apesar de terem a população mais jovem, mas, simultaneamente, a que “dispõe de menor esperança média de vida à nascença”.
Esta tendência verifica-se desde, pelo menos, 2017. Enquanto no Continente e na Madeira ambas as taxas de mortalidade estão em quebra desde 2020, nos Açores o cenário é o oposto, com tendência a aumentar, “em contraciclo com a tendência registada no resto do país”, assinala o documento.
É de realçar que esta comparação, feita pelo auditor, compreende o período temporal entre 2017 e 2023, não contabilizando o último ano em que na Região ficou marcado pelo incêndio do HDES e consequentes ondas de choque pela saúde dos açorianos, com a diminuição de toda a atividade hospitalar, especialmente no que aos meios complementares de diagnóstico e terapêutica dizem respeito.
AO/RP