A eficácia do programa do rastreio do cancro do colo do útero está a ser condicionada devido à indisponibilidade dos maiores centros de saúde dos Açores. O alerta foi dado pelo director do Centro de Oncologia dos Açores, Raúl Rego. "Nos maiores centros de saúde dos Açores, nomeadamente Ponta Delgada, Ribeira Grande e Angra do Heroísmo, a situação não está a correr bem", na Praia da Vitória e na ilha do Pico está a correr muito bem e nos outros concelhos das restantes ilhas está a correr assim-assim", afirmou o responsável. Raúl acrescentou que, nos primeiros 14 meses deste programa, deveriam estar rastreadas 15 mil mulheres, com idades entre 25 e 64 anos, e apenas estão cerca de 9 mil isto é, menos 6 mil do que o previsto. Cerca de 15 a 20 novos casos de cancro do colo do útero são registados todos os anos, destes resultam entre cinco e seis mortes. O responsável garantiu que vai "reforçar as diligências junto dos centro de saúde para que aumentem o seu empenho", numa altura em que faltam aproximadamente dois anos para terminar a primeira volta do programa de rastreio do cancro do colo do útero.