A maioria das praias açorianas na costa sul das ilhas favorece a concentração de águas-vivas e caravelas-portuguesas em zonas balneares do Arquipélago. Quem o diz é o biólogo da Universidade dos Açores João Pedro Barreiros. Em declarações à Agência Lusa, o especialista explica que os últimos ventos fortes do quadrante sul fizeram com que muitas águas-vivas e caravelas-portuguesas fossem levadas para perto da costa nas zonas sul das ilhas e ficaram em baías onde estão as zonas balneares. Mas como não tem havido temporais, nem ondulação que as remova, acabam por ficar e as pessoas contactam com elas. João Pedro Barreiro, autor do livro “Animais marinhos dos Açores, perigosos e venenosos”, garante que as caravelas-portuguesas são mais perigosas do que as águas-vivas e que por isso é importante saber distingui-las. Nos Açores “o mais usual é ocorrerem queimaduras provenientes do contacto das águas-vivas com a pele” e quase sempre a situação fica resolvida no areal através dos primeiros socorros prestados pelos nadadores salvadores.