No momento em que se celebrava, como disse, “o desporto que se faz e que se mostra nos Açores e a partir dos Açores”, o Presidente do Governo Regional aproveitou a ocasião para anunciar a criação de um prémio de excelência desportiva, a lançar ainda este ano e destinado a reconhecer e premiar aqueles que são bons exemplos e cuja lógica organizacional é merecedora de poder ser devidamente apreciada e servir de modelo.”Carlos César falava no início da IX Gala do Desporto Açoriano, que teve lugar ontem à noite, nas Velas, ilha de S. Jorge, cerimónia que, precisamente, marcou a homenagem anual que o Governo Regional faz a atletas, dirigentes, associações e demais agentes desportivos da Região que mais se distinguiram.Estando na presença do maior número de galardoados de sempre, o governante disse que “isso só acontece por virtude da pujança do nosso movimento associativo desportivo, do envolvimento dedicado e perseverante de muitos, bem como dos resultados e sucessos entretanto alcançados.”De facto, foram oitenta e nove os galardoados, sendo de referir o facto de, nesta edição da Gala do Desporto, ter sido premiado um número recorde de clubes com sucessos assinaláveis em várias modalidades, o que, para o Presidente do Governo – e face à escassez de recursos e à pouca dimensão territorial e populacional dos Açores – só pode ser fruto de trabalho rigoroso e continuado e da qualidade do enquadramento da prática desportiva. Carlos César defendeu a ideia de que é necessária, igualmente, uma gestão criteriosa dos clubes para que esse percurso tenha sustentabilidade, acrescentando que tem chamado a atenção para o comprometimento dos dirigentes na salvaguarda das instituições que gerem.Tendo em atenção os financiamentos, estabelecidos por lei, para os clubes que atingiram níveis e modalidades de especial notoriedade, Carlos César defendeu que cada clube deve procurar e seleccionar, para além das suas obrigações formativas, a sua ou suas áreas de potencial excelência entre todas as modalidades possíveis. “Essa é que é, na minha opinião, a melhor gestão desportiva adaptada às capacidades de cada clube, pois nem todos podem estar a competir ao mais alto nível em todas as mais exigentes ou dispendiosas modalidades”, afirmou. Se assim o fizerem, prosseguiu, “muitos clubes encontrarão nichos competitivos em que terão êxitos e, nesse contexto, poderão concitar apoios mais expressivos de patrocinadores privados e institucionais.”