O presidente da Associação Nacional do Ensino Profissional alertou ontem que a redução do número de turmas nas escolas profissionais poderá levar ao "despedimento" de pessoal e "fecho" de estabelecimentos. Segundo dados da Associação, este ano as 16 escolas profissionais dos Açores foram autorizadas a abrir 38 cursos, quando no ano passado foram concluídos 78 cursos, o que representa uma redução de quase 50%. A situação, vivida "no continente e nas ilhas", é contestada pelo presidente da ANESPO, com a entrada na "fase de transição" para o próximo quadro comunitário de apoio. Além do despedimento de pessoal, a ANESPO refere que a redução está em "contraciclo" com as orientações nacionais e europeias. Segundo o presidente da Associação, 40% dos alunos açorianos estão no ensino profissional, quando o objetivo nacional é de 50%, e o dos países mais avançados da Europa é de 80%. O responsável, que garantiu que vai reunir com o vice-presidente do Governo açoriano para defender a reposição do número de turmas no arquipélago, defende uma "política diferenciada" para as escolas localizadas em regiões, como os Açores, com menor densidade populacional, sem diminuição da oferta formativa.