Marinho Pinto, o cabeça de lista às eleições europeias pelo Movimento Partido da Terra (MPT), defendeu ontem na ilha Terceira que a base e os trabalhadores das Lajes "não são descartáveis" e garantiu que a importância deste “gigantesco porta-aviões a meio do Atlântico” não vai desaparecer. À saída de uma reunião, na Praia da Vitória, com os trabalhadores portugueses ao serviço do destacamento norte-americano nas Lajes, o antigo bastonário da Ordem dos Advogados referiu que a defesa dos postos de trabalho perante a anunciada redução do efetivo militar dos EUA é "uma questão regional, nacional e europeia". O candidato às eleições para o parlamento europeu de 25 de maio defendeu ainda que a base das Lajes “vai continuar a ter interesse, tanto ou mais do que tem tido até aqui” e sublinhou que “a China está a fazer um investimento estrondoso na América Central para abrir mais um canal de ligação do oceano atlântico ao pacífico, e, portanto, podem ter interesse nisto [na Base das Lajes]”. Segundo António Marinho Pinto, em causa está "um processo de subvalorização" da estrutura militar açoriana pelo governo norte-americano que "tem de ser discutido", mas "sem ceder" na salvaguarda dos trabalhadores portugueses. O candidato às europeias pelo MPT destacou ainda no âmbito de uma visita de três dias aos Açores, à ilha de S. Miguel e à ilha de Terceira, “as enormes mais-valias” da carne e dos lacticínios açorianos e a necessidade de “um investimento muito forte” nas pescas no âmbito do processo de aumento da zona económica exclusiva nacional.