O GR vai avançar em 2015 com um novo modelo de financiamento "per capita" das Unidades de Saúde de Ilha para uma "diferenciação positiva" dos médicos "com melhores indicadores de desempenho". Segundo o Secretário Regional da Saúde, que falava ontem em Ponta Delgada nas XIV Jornadas dos Médicos de Família dos Açores, o novo sistema vai permitir “uma participação dos médicos de família na gestão do orçamento da sua lista de utentes”. Em declarações aos jornalistas, Luís Cabral explicou que o novo sistema prevê uma "definição clara de indicadores" e "vai permitir que médicos que trabalhem melhor e tenham melhores indicadores de desempenho tenham menores gastos" e possam ser diferenciados positivamente. Na abertura das jornadas, o presidente da direção regional da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, lamentou a inexistência de Unidades de Saúde Familiar (USF) nos Açores e sublinhou que em Portugal Continental estas unidades "garantem a satisfação" dos utentes desde 2006. No entanto, para Luís Cabral, as Unidades de Saúde Familiar são uma solução de "duvidosa eficácia a nível nacional" e citou um estudo da Administração Central dos Serviços de Saúde que elenca algumas críticas a estas unidades, nomeadamente a diminuição dos cuidados domiciliários e a despersonalização do atendimento.