O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) acusou ontem a nova administração da SATA de alargar as facilidades de transporte a mais chefias e respetivos familiares, ao mesmo tempo que as nega a trabalhadores em licença parental, violando o Código do Trabalho. Num comunicado a que a Agência Lusa teve acesso, o líder sindical explica que está em causa "uma comunicação interna" onde o Conselho de Administração da transportadora aérea dos Açores "faz saber que passa a garantir o direito a Facilidades de Transporte, em lazer, em classe executiva, às primeiras linhas de chefia e seus familiares". Filipe Rocha diz que são “mais de trinta os trabalhadores privilegiados que passam a ter ainda mais privilégios e que antes não chegavam a uma dezena”. O líder sindical avança ainda que a nova administração da SATA, presidida por Luís Parreirão, alterou, “de forma unilateral”, o regulamento de facilidades de transporte dos seus trabalhadores. A SATA já respondeu às acusações do SINTAC e assegura que não fez qualquer alteração ao regime de facilidades de transporte, como acusou um sindicato. Numa nota enviada às redações, o novo Conselho de Administração da SATA, liderado por Luís Parreirão, revela que "o Regime de Facilidades de Transporte que a empresa vem praticando há anos, em linha com o que é seguido no setor da aviação, ao contrário do que é afirmado, não sofreu, agora, qualquer ampliação ou restrição relativamente ao que vem sendo praticado". Ainda assim, o comunicado refere que a administração da SATA entende que esta matéria deve ser objeto da maior transparência e que deliberou determinar aos serviços da empresa a produção de um novo Regulamento de Facilidades que deve estar concluído dentro de 60 dias.