O presidente da administração da SATA disse que a instalação de uma base operacional da empresa na ilha Terceira, como pede o CDS-PP, é uma opção inviável do ponto de vista financeiro e sem racionalidade económica. Luís Parreirão foi ontem ouvido na comissão de Economia do parlamento dos Açores por causa de um requerimento do CDS-PP que recomenda o Governo a transferir a base da SATA Internacional para a Terceira. Luís Parreirão, presidente do conselho de administração da SATA, disse aos deputados que transferir a base da SATA Internacional de Lisboa ou de Ponta delgada para a Terceira "é desaconselhável" pelos custos que isso vai implicar e que a empresa não tem forma de suportar. Luís Parreirão afirmou que as bases operacionais da SATA Internacional estão instaladas nos principais pontos de origem e destino dos seus voos, Lisboa e Ponta Delgada, onde trabalham 300 e 736 pessoas, respetivamente. Mudar o local de trabalho da maioria das pessoas vai acarretar custos estimados em mais de uma dezena de milhões de euros e vai criar "instabilidade laboral". O presidente da administração da SATA afirmou que a manutenção "pesada" dos aviões da SATA é feita pela TAP, em Lisboa, e que a instalação na Terceira obrigaria a investimentos insuportáveis para a empresa a este nível. Vítor Fraga secretário regional dos Transportes, destacou por outro lado que o plano de revitalização económica da Terceira, prevê diversas medidas para a valorização do aeroporto da ilha. A este propósito, sublinhou que o Governo Regional aprovou uma redução de taxas de utilização da aerogare civil das Lajes que faz desses valores os mais baixos praticados em todo o país.