O vulcanólogo Victor Hugo Forjaz defendeu, numa nota enviada à comunicação social, que o acesso ao topo do Pico deve ser interdito de forma a preservar as suas lavas "raras, vítreas e frágeis". O responsável do Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores alerta que "com os anos a paisagem do topo do Pico - o Piquinho - encontra-se cada vez mais degradada", destacando o facto de este se tratar de "raro cone de lavas basálticas pouco comuns. Neste contexto apelou à comunidade científica assim como à população que se aliem e "encerrem as visitas ao Piquinho e sua ondulante fumarola". O Governo regional, já respondeu em comunicado, afirmando considerar que não existem razões para restringir o acesso à Montanha do Pico. A Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente refere que vai "manter a adequada gestão, promoção e valorização dos recursos e valores naturais e culturais em presença, ordenando e regulamentando as intervenções suscetíveis de os degradar e garantindo o acesso controlado e em segurança dos visitantes". Na mesma nota, é afirmado que o acesso à Montanha do Pico é efetuado exclusivamente pelo trilho “PR4 PIC – Montanha” e depende de autorização prévia (título de acesso), estando limitado a 160 visitantes, em simultâneo. "Os impactos dos visitantes na Montanha do Pico não podem ser negligenciados, mas a pressão – que é monitorizada - está longe de ser insustentável: aos 8.802 visitantes no ano de 2014 corresponde uma média diária de 24 visitantes, sendo que nem todos acederam ao Pico Pequeno", acrescenta. Assim Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente afirma "considerar que não existem razões que aconselhem a adoção de medidas privativas da possibilidade de fruição dos valores paisagísticos, ecológicos e geológicos da Montanha do Pico".