Cerca de quatro dezenas de trabalhadores portugueses despedem-se esta sexta-feira da base das Lajes, depois de terem assinado rescisões por mútuo acordo. A saída dos trabalhadores será feita de forma faseada, até março, mas para já Bruno Nogueira, presidente da Comissão Representativa dos Trabalhadores (CRT) portugueses da base das Lajes, disse que o processo "parece bem encaminhado" e que os trabalhadores que aceitaram sair "sentem que este é o passo lógico". Na última reunião da Comissão Bilateral Permanente entre Portugal e os Estados Unidos da América (EUA), realizada, em Washington, os norte-americanos comprometeram-se a aumentar o número de vagas a manter para trabalhadores portugueses de 378 para 405. Depois dessa reunião, foi realizado um inquérito vinculativo aos trabalhadores portugueses e 440 manifestaram interesse em assinar rescisões por mútuo acordo. Atualmente, a base das Lajes tem cerca de 790 trabalhadores permanentes, o que significa que bastaria 395 despedimentos para manter as 405 vagas pretendidas. Entre os que aceitaram deixar a base das Lajes estão muitos que já têm idade de reforma e outros que com 45 anos, 15 de descontos e 10 de serviço na base das Lajes têm acesso a uma pensão extraordinária, até que atinjam a idade da reforma.