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“Não é possível, assacar responsabilidades políticas ao Governo Regional, para além da responsabilidade, de resto já assumida, de tudo fazer no que estiver ao seu alcance para reduzir no mínimo possível os riscos para que situações destas voltem a acontecer”, refere uma das conclusões do relatório final, aprovado pelo PS, com a abstenção do CDS-PP e PCP, e os votos contra do PSD, após 21 horas de reunião, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel.
O deputado socialista José Contente defendeu ser “abusivo” extrair responsabilidades políticas, considerando que se esquece “um conjunto de circunstâncias que gravitaram à volta do acidente”, como a presença de outros navios no porto de São Roque e a agitação marítima, entre outros.
Aníbal Pires, do PCP, admitiu que “não se apurou, com certeza, quais os motivos que estiveram na origem do acidente” mortal, pelo que “não é linear que se possa atribuir aquilo que foi apurado para uma responsabilização política”.
Do CDS-PP, a deputada Ana Espínola declarou ser prematuro responsabilizar alguém, porque falta a conclusão de estudos e da investigação criminal, mas não hesitou em apontar a “imprudência das empresas Portos dos Açores e Transmaçor”.
Opinião contrária teve Paulo Estêvão (PPM) que realçou ter sido apurado um “conjunto de negligências graves”, quer no acidente, como na operação marítima, concluindo que o Governo Regional “deveria ter agido e não agiu”.
Cláudio Lopes , deputado do PSD, sublinhou que “em cinco meses houve quatro cabeços de cais que foram arrancados, sendo que um deles atingiu um passageiro”, considerando que se está “perante uma situação anormal e fatal”.
Para Zuraida Soares, do Bloco de Esquerda (BE), “a grande conclusão que o PS traz é que, relativamente ao acidente mortal”, a vítima “estava no sítio errado, à hora errada”.
Lusa/RP
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