A atual legislação regional que regula os organismos geneticamente modificados (OGM) “engana as pessoas”, porque, se por lado afirma a proteção do ambiente e a imagem de respeito pela natureza, por outro, a mesma legislação permite a existência de campos experimentais e ensaios de cultura a céu aberto. A crítica foi feita esta tarde pela deputada do BE, Zuraida Soares, na apresentação de uma proposta do partido que pretende proibir o cultivo, a importação e a comercialização de organismos geneticamente modificados vegetais nos Açores. O objetivo do BE é defender a economia e o ambiente dos Açores” e garantir que não há quaisquer dúvidas sobre eventuais cruzamentos entre as culturas tradicionais e as culturas modificadas por forma de preservar a imagem de natureza pura da Região, e isso é defender a produção de leite e de carne, é defender a marca Açores, e é defender o turismo. O BE receia que esta pureza possa já estar a ser comprometida, e a deputada revelou que tem conhecimento da existência de vários campos experimentais e ensaios de cultura em São Miguel e Terceira. Perante esta situação, o BE enviou ao Governo Regional um requerimento em que pergunta quantos pedidos de cultivo de organismos geneticamente modificados foram efetuados e quantas autorizações foram concedidas.