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Para João Carlos Nunes, docente na Universidade dos Açores, que fez uma tese de doutoramento sobre a geologia da ilha do Pico, o turismo sustentável não pode ser apenas um chavão, pelo que é fundamental estabelecer um “controlo mais rigoroso” do número de pessoas que vão até ao piquinho, por ser a zona “mais delicada e vulnerável”.
Em declarações à Agencia Lusa, Victor Hugo Forjaz, vulcanólogo, também preconiza maior cautela no acesso ao piquinho e defende que o acesso devia ser limitado apenas a investigadores ou a grupos de fotógrafos e cineastas.
De acordo com Victor Hugo Forjaz, “as lavas do piquinho são de ‘vidro’ e devem ser tratadas com a maior cautela”, alegando, por exemplo, que nas Canárias existem ilhas onde não se admite mais pessoas “exatamente porque a natureza é o património mais rico e valioso”.
O diretor regional do Ambiente dos Açores, Hernâni Jorge, assegurou que já existem restrições no acesso ao piquinho, que foram reforçadas em 2016, uma vez que “desde maio só é permitida a presença em simultâneo de 30 pessoas nesta formação”, quando anteriormente eram 40.
Paralelamente, Hernâni Jorge destacou que no último ano foi criada “uma espécie de taxa moderadora” para aceder, sem guia, ao piquinho, o que implica ao visitante pagar mais dois euros, além dos dez cobrados para aceder à montanha, permitindo ter “um controlo efetivo do número de pessoas que acede ao topo do Pico.
Recorde-se que em 2016 mais de 12 mil pessoas escalaram a montanha do Pico, mas apenas dois terços subiram até ao piquinho. Lusa/RP
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