João Paulo Corvelo, deputado do PCP no Parlamento Regional, questionou ontem o Governo Regional sobre o projeto apresentado para a segunda fase do reordenamento do porto da Horta, tendo em conta as profundas preocupações que provocou em diversos sectores da sociedade faialense, nomeadamente no que diz respeito ao acesso labiríntico à parte interior da bacia Sul e à perspetivada construção de um aterro no interior da doca. Estas transformações profundas nunca foram devidamente explicadas nem fundamentadas publicamente, provocando um conjunto de interrogações e receios, em especial por parte dos utilizadores do porto da Horta, que não vislumbram garantias que a operacionalidade do seu porto não será, uma vez mais, diminuída. O PCP considera que um projeto de uma envergadura tão vasta, envolvendo uma estrutura tão vital e tão sensível como é o porto da Horta tem de forçosamente ser antecedido por uma ampla e profunda discussão pública e de uma reflexão serena e atenta, baseada na racionalidade técnica e económica que fundamenta as opções a serem tomadas, o que nitidamente não aconteceu neste caso. Assim, o PCP questiona o que pretende o Governo regional fazer em termos da ponderação e fundamentação do projeto que foi publicamente apresentado, tendo em conta o descontentamento dos faialenses.