O Secretário Regional da Agricultura e Florestas assegurou, na Horta, que o diploma sobre a gestão dos recursos cinegéticos e o exercício da caça nos Açores, agora aprovado na Assembleia Legislativa, teve em conta estudos científicos e preocupações ambientais, garantindo a sustentabilidade das espécies. João Ponte afirmou que toda a informação de cariz científico produzida pela Direção Regional dos Recursos Florestais e pela Universidade do Porto tem sido fundamental para o estabelecimento dos cadernos venatórios, por forma a que a Região continue a ter uma exploração cinegética “equilibrada e ambientalmente sustentável”. O Secretário Regional, que falava na Assembleia Legislativa durante a discussão do diploma, destacou a participação dos parceiros do setor e salientou que passam a estar reunidas num único diploma todas as matérias referentes à gestão dos recursos cinegéticos e ao exercício da caça, clarificando procedimentos e facilitando a constituição, composição e funcionamento dos concelhos cinegéticos de ilha. João Ponte salientou ainda que o diploma não introduz novas espécies cinegéticas, nem reduz, justificando que “qualquer alteração poderia condicionar fortemente toda a atividade cinegética” e “traduzir-se num desequilíbrio imprevisível”. Relativamente ao pombo torcaz, afirmou que esta subespécie endémica não é matéria para resolver neste diploma, apesar de se tratar de uma espécie que tem sido alvo de estudos por parte da Universidade dos Açores.