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A tese do Conselho de Administração da Atlânticoline é que houve um conjunto de ondas que deixaram o navio sem governo, aquilo a que os homens do mar designam por infortúnio do mar”, explicou Carlos Faias, presidente do Conselho de Administração da Atlânticoline, em conferência de imprensa no Faial.
Segundo aquele administrador, o relatório interno ao acidente com o navio “Mestre Simão”, ocorrido em 06 de janeiro deste ano, à entrada do porto da Madalena, exclui qualquer responsabilidade do mestre da embarcação ou dos restantes elementos da tripulação, que foram até elogiados pela rápida retirada de todos os passageiros que seguiam a bordo.
De acordo com o relatório o navio estava a aproximar-se da entrada do porto, quando uma “sucessão de ondas” empurrou a embarcação para a rocha, impedindo-a de guinar a bombordo, para poder manobrar em segurança.
O presidente do conselho de administração da Atlânticoline adiantou que o mestre do navio ainda tentou colocar a máquina à ré, para evitar o encalhe, mas que a máquina não terá correspondido.
O documento recomenda agora a instalação de uma câmara no porto da Madalena para que, à saída da Horta, seja possível antever as condições no local.
A Atlânticoline já assinou, entretanto, um contrato em Espanha para a construção de um navio substituto, que terá capacidade para transportar 333 passageiros e 15 viaturas (mais sete do que o navio encalhado), e que irá custar cerca de 10,2 milhões de euros.
Lusa/Açores24/RP
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