O eurodeputado Ricardo Serrão Santos defendeu, num debate acerca do Plano Multianual de Pescas para as Águas Ocidentais, regulamento do qual é relator dos Socialistas Europeus, que é necessário deixar em aberto a “hipótese para que haja exceções” na obrigação de desembarque da pesca acessória.
Para Serrão Santos “as espécies em que indivíduos pescados abaixo do tamanho mínimo têm comprovadamente taxas de sobrevivência relevantes e devem ser devolvidas ao mar”, como é o caso do goraz, uma espécie importante nas pescarias açorianas.
“Estar a trazer para terra pescado sem interesse e que sobrevivendo poderá reproduzir-se e mais tarde ser recapturado com maior proveito económico é duplamente positivo”, enfatizou Serrão Santos na primeira reunião da Comissão das Pescas após as férias parlamentares.
Serrão Santos, que é coordenador dos socialistas europeus na Comissão das Pescas, referiu que é acima de tudo necessário garantir que este plano contribui para que se atinjam os objetivos da Política Comum de Pescas, nomeadamente que as espécies comerciais atinjam o Rendimento máximo sustentável até 2020, mas também há que ter em atenção a componente socioeconómica das comunidades de pescadores que serão afetadas. Este equilíbrio nem sempre é simples, mas com o empenho de todos tem a certeza que será possível.