Alojamentos locais não registados com 800 camas ilegais nos Açores
A Inspeção Regional do Turismo (IRT) dos Açores identificou desde janeiro de 2018 um total de 205 unidades de alojamento local a operar ilegalmente, representando 800 camas, na sequência do 'boom' turístico nos Açores.
O Inspetor Regional do Turismo, Lomelino Pinheiro, declarou à agência Lusa que estes valores resultam das denúncias que tem recebido e das ações desenvolvidas pelos serviços, que inspecionaram ainda 119 alojamentos locais já registados.
Pela sua maior dimensão, foi na ilha de São Miguel, com 1.100 unidades, que se registou 105 casos de alojamentos locais não registados, ficando esta “muito distante das restantes ilhas”, surgindo depois o Pico com 50 casos e a Terceira com um valor “um pouco abaixo”, indicou Lomelino Pinheiro.
“Certamente que a estes números não estará alheio a existência de alojamento não registado ou ilegal por via da procura turística que se tem verificado nestas duas ilhas”, declara o responsável pela IRT.
Admitindo que não se consegue detetar tudo o que existe no mercado ilegal, a IRT tem vindo, entretanto, a registar, “agora em maior número”, alojamentos que não estão devidamente registados” e que são explorados por proprietários de outros alojamentos legalizados.
Dos processos que foram abertos na sequência das 205 unidades de alojamento local a operar ilegalmente, cerca de 160 já foram encerrados por via da regularização da situação ou pela abertura de um processo de contraordenação, havendo 50 casos em “fase de averiguação e identificação”.