A Moção intitulada “Mais Pico, Mais Açores” da autoria de Marco Costa foi aprovada por unanimidade no vigésimo terceiro congresso do PSD Açores que decorreu até domingo em São Miguel.
Segundo o primeiro subscritor, a moção assenta num princípio de afirmação da ilha do Pico no contexto regional, fazendo uma análise aos 22 anos de governação do Partido Socialista nos Açores.
A moção setorial “Mais Pico, Mais Açores” propõe que o PSD/Açores considere, para efeitos da sua agenda política, a afirmação do Pico a quatro níveis - afirmação politica, afirmação administrativa e de decisão, investimentos estruturantes e a aposta na juventude, no emprego e no empreendedorismo.
Na afirmação política a moção recorda que o Estatuto Político-Administrativo dos Açores contempla a existência de órgãos de governo próprio da Região em três ilhas. As novas tecnologias, segundo a moção, facilitaram a aproximação entre as várias ilhas defendendo que os dirigentes políticos ou partidários devem decidir, intervir e representar bem todos os açorianos em qualquer parcela do território regional.
Na afirmação administrativa e de decisão, a moção assegura que se somos ilhas munidas de tecnologia então não existe qualquer justificação para que as delegações de ilha não tenham as mesmas responsabilidades de análise e acompanhamento de processos, sendo obrigadas a orientar a decisão para outras delegações.
Marco Costa garante que não faz sentido por exemplo que na ilha do Pico, onde existe 90% da área das apostas na viticultura, a análise e decisão dos processos do setor se encontre sediada noutra ilha propondo que as sedes dos gabinetes técnicos dos diversos órgãos do governo próprio se regionalizem por todas as ilhas.
Nos investimentos estruturantes a moção defende que não são só as grandes obras e o betão que corrigem as assimetrias entre ilhas e deu como exemplo o Terminal e Gare Marítima da Madalena, que envergonha todos os políticos do PS e deixam os Picoenses em sobressalto todos os dias.
Marco Costa defende na moção o aumento do Aeroporto do Pico e não aceita as palavras de Vasco Cordeiro refugiando-se no discurso dos Fundos Comunitários e a demagogia política sobre os serviços de Saúde e sobre o Porto Comercial do Pico.
Por fim a moção afiança que sem apostar nos jovens, o futuro será ainda mais incerto informando que no Pico a aposta foi enorme por parte das famílias, mas na verdade falta dar mais garantias de regresso e melhor capacidade de fixação.