O líder do PCP/Açores, Vítor Silva, criticou o atraso na implementação da majoração de apoios sociais para os trabalhadores despedidos da conserveira Cofaco, no Pico, em maio de 2018.
Em causa, segundo o Açoriano Oriental que sita a Agência Lusa, está uma resolução aprovada por unanimidade na Assembleia da República e publicada em Diário da República em 08 de agosto de 2018, que recomendava ao Governo a criação de um regime especial e transitório de facilitação do acesso, majoração do valor e prolongamento da duração de apoios sociais aos trabalhadores em situação de desemprego na ilha do Pico, onde a conserveira Cofaco despediu cerca de 160 funcionários.
Pelas contas do PCP, o encerramento da fábrica de conservas teve um impacto de 4,3% no emprego direto e indireto no Pico e de 8% no concelho da Madalena, o que já se reflete na economia local.
O PCP tentou integrar a medida no Orçamento do Estado para 2019, mas a proposta foi chumbada por PS e PSD, e no início deste mês questionou, por escrito, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre o atraso.
Segundo a mesma fonte, na apresentação das conclusões de uma reunião da Direção da Organização da Região Autónoma dos Açores do PCP, realizada este fim de semana, Vítor Silva alertou para a necessidade de haver uma maior aposta do executivo açoriano em políticas de coesão regional.
Lusa/AO/RP