Segundo o jornal Diário dos Açores, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) proibiu terça-feira os seguranças do aeroporto da ilha do Pico de operarem os equipamentos de raio-x e detetor de vestígios de explosivos, por não se encontrarem certificados para o efeito.
O dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversa, que representa os seguranças aeroportuários, avança que a medida foi tomada na sequência da fiscalização que a ANAC está a levar a cabo naquele aeroporto.
A certificação destes profissionais de segurança tem que ser “assegurada e renovada a cada dois anos” pela entidade patronal, neste caso, a empresa de segurança privada Provise, o que, segundo o dirigente sindical, não aconteceu.
Para Pedro Martins, “não é aceitável que a empresa de segurança privada Provise se tenha descuidado de habilitar os seus trabalhadores com a formação que é necessária de dois em dois anos”, frisando tratar-se de uma situação “muito grave”.
O mesmo problema deverá chegar a mais três aeroportos, nomeadamente de São Jorge, Graciosa e Corvo, pois “os seguranças aeroportuários estão na mesma situação do que os do Pico, sem formação actualizada”.
Até que a situação seja resolvida, será levado a cabo um “plano de contigência”, que passa por colocar agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) a operar os equipamentos com os quais os seguranças “não estão autorizados a trabalhar”. “Os seguranças vão estar apenas a servir como complemento ao trabalho da PSP”.
Diários dos Açores/RP