O Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia salientou que "as 22 embarcações registadas nos Açores com licença para pescar na Madeira são responsáveis por mais de 70% das descargas" de atum registadas nesta Região Autónoma.
Gui Menezes referiu que "a pesca ao atum é incerta" nos Açores, é sazonal, iniciando-se em meados de abril e terminando em outubro, acrescentando que, nos primeiros meses, há uma maior probabilidade da ocorrência destas espécies na Madeira, onde a maioria das embarcações açorianas estão licenciadas a pescar.
Entre a frota licenciada para a captura de tunídeos usando a arte de salto-e-vara, cerca de três dezenas de embarcações só efetuam descargas de tunídeos, exercendo a sua atividade nas sub-áreas Açores e Madeira.
Analisando a pesca nos Açores, sem considerar o atum, "em termos de preço médio, até ao início do mês de junho, registou-se uma valorização do pescado" em 6,31 euros por quilo em 2019, o que representa mais 38% que em 2016, mais 3% que em 2017 e mais 13% que em 2018, adiantou Gui Menezes.
Nesse sentido, acrescentou o Secretário Regional, continua a registar-se no acumulado de 2019 a tendência de aumento "do valor médio do pescado, sendo um dos exemplos os Alfonsins", incluindo Imperador, cujo preço médio subiu 57% em relação a 2017 e 5% em relação a 2018.