O líder do PSD/Açores, Alexandre Gaudêncio, manifestou-se ontem de “consciência tranquila” relativamente ao facto de ter sido constituído arguido num processo judicial e deixa "à consideração do partido" o abandono da chefia da estrutura regional.
Em declarações aos jornalistas depois de ter sido constituído arguido num processo que investiga “crimes de peculato, prevaricação, abuso de poder e falsificação de documentos", Alexandre Gaudêncio, também presidente da Câmara da Ribeira Grande, disse estar "convicto de que todas as opções" que tomou enquanto autarca "estão dentro da legalidade".
Quanto aos cargos que ocupa, não avançou a possibilidade de se demitir de presidente da Câmara e na liderança da estrutura regional do PSD, admitiu que a questão será “analisada internamente” e deixada “à consideração” dos seus pares.
Em nota de imprensa, a polícia indicou que estiveram em curso, “nos Açores e também numa empresa do continente, cerca de dez buscas a instalações autárquicas, empresas, residências e viaturas, com vista à apreensão de elementos de interesse probatório”.
Em causa está um contrato com o artista brasileiro MC Kevinho para um concerto ocorrido em abril no município açoriano que provocou polémica na Ribeira Grande devido aos valores envolvidos, cerca de 123 mil euros entre 'cachet' e organização, aos quais se terão juntado a receita de bilheteira a favor do artista brasileiro.
Lusa/Açoriano Oriental/RP