Os trabalhadores do setor da vigilância da Provise nos Açores e Madeira vão concentrar-se esta quinta-feira por não estarem a receber atempadamente os seus rendimentos e contra as “ilegalidades” praticadas, anunciou fonte sindical.
Segundo uma nota de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores de Atividades Diversas (STAD), a insolvência da empresa não resolveria os problemas com que os trabalhadores são confrontados e “complicaria a atual situação”.
O Sindicato refere que “para se pedir a insolvência de uma empresa tem que se provar a insolvência ”, ou seja, “tem que se provar que essa empresa não consegue pagar as dívidas, especialmente aos trabalhadores”, algo que “neste momento, não existe na Provise”.
O que existe é má gestão da Provise, o que faz violar totalmente os direitos dos trabalhadores, desde praticar salários em atraso até a imposição de horários de trabalho de 12 horas.
Recorde-se que á cerca de dois meses que a empresa tem salários em atraso, estando a Inspeção Regional do Trabalho (IRT) a acompanhar a situação de salários em atraso e efetuado intervenções nas ilhas onde se concentram a maior parte dos trabalhadores desta empresa, São Miguel, Terceira e Faial.
Foram detetados, pelo menos, 100 trabalhadores que ainda não tinham recebido a remuneração de maio e a maioria dos trabalhadores o mês de junho.
A inspeção do trabalho notificou a empresa para proceder ao pagamento de todas as importâncias que se encontram em atraso e, no caso de não ser reposta a regularidade no pagamento de salários, a entidade aponta que irá atuar de forma coerciva com o levantamento de auto e apuramento das importâncias em dívida aos trabalhadores e à Segurança Social.
Lusa/AO/RP