O presidente do Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP), Sérgio Carvalho, reivindicou uma maior profissionalização nas corporações dos Açores e o aumento dos salários, alegando que estas instituições não podem continuar assentes apenas no voluntariado.
Segundo Sérgio Carvalho, que é também vice-presidente da Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP), ao contrário do que acontece no continente, os Açores não têm "equipas de intervenção permanente", criadas para dar resposta a momentos de maior número de solicitações entre as 09:00 e as 18:00.
Nesse sentido, e segundo o Açoriano Oriental, que sita a Agência Lusa, o presidente defende que cada corporação tenha “mais dois, três ou quatro elementos", para que seja possível "dar uma resposta mais célere em picos de serviço que podem surgir de um momento para o outro", alegando que será também uma forma de "motivar mais os bombeiros, porque os poucos que há já têm uma carga de trabalho muito grande e há dias em que têm grande desgaste físico e emocional".
O sindicalista garantiu que a prestação de serviços pelos bombeiros nos Açores não está em causa, até porque a formação dos elementos na região está "acima da média nacional", mas alertou para a necessidade de haver uma evolução dos quadros.
O sindicalista reivindicou também um aumento dos vencimentos dos bombeiros, o que espera ser possível já a partir de janeiro de 2020, com a revisão da portaria 10/2010, que define as condições de trabalho dos bombeiros que exercem funções de tripulantes de ambulância nos Açores e que o sindicato quer ver alargada a todos os bombeiros da região.
AO/RP