A ilha Graciosa foi abastecida durante 75 dias, num período de 270 dias, através de energia 100% renovável, com um projeto pioneiro que permite a redução mensal de 400 toneladas de emissões de dióxido de carbono.
O diretor operacional da Graciólica, Duarte Silva, referiu aos jornalistas que a central, sustentada por energia solar, eólica e termoelétrica, permite ainda uma poupança de 150 mil litros de diesel mensal.
O especialista explicou que as várias componentes energéticas estão ligadas entre si através de um sistema de gestão de energia, por via do armazenamento num sistema de baterias, que produz eletricidade para o sistema abastecedor da Empresa de Eletricidade dos Açores.
Este projeto foi apoiado pelo Governo dos Açores em 4,5 milhões de euros a título de fundo perdido e 2,9 milhões reembolsáveis.
A Empresa de capitais dinamarquês Howard Scott, proprietária do Graciólica, após uma longa fase de testes, encontra-se a produzir energia para a Empresa de Eletricidade dos Açores, desde agosto de 2019.
Vasco Cordeiro disse que, “nos últimos dez anos, a região registou um crescimento de dez pontos percentuais (de 28 para 38) em termos de produção de energia a partir de fontes renováveis.
O líder do executivo açoriano anunciou que se pretende implementar na Graciosa uma iniciativa que “fará desta uma ilha modelo no que diz respeito à utilização sustentável de recursos naturais”, através da implementação de um projeto piloto relacionado com a mobilidade elétrica.
A solução vai integrar transportes públicos como autocarros, táxis, a par de “soluções inovadoras no turismo”, através da disponibilização de veículos e bicicletas elétricas para as empresas que operam no setor, no âmbito de uma parceira com a Câmara Municipal de Santa Cruz da Graciosa.