

A Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas revelou ontem, em Ponta Delgada, que o despacho dos serviços mínimos fixado no transporte marítimo de mercadorias para a Região “correspondeu, na íntegra, àquilo que foi solicitado pelo Governo dos Açores ao Governo da República".
“Os serviços mínimos fixados, no papel, são-nos favoráveis, porque implicam as viagens mínimas da cabotagem insular”, afirmou Ana Cunha, acrescentando que “agora há que ver como é que esses serviços mínimos são cumpridos”.
A Secretária Regional recordou que, quer na primeira greve, de 19 de fevereiro a 9 de março, quer na segunda, de 9 a 30 de março, o Governo dos Açores “pronunciou-se, como sempre faz, junto do Ministério das Infraestruturas quanto à necessidade de fixação de serviços mínimos para a Região, porque não temos outra forma de abastecer as nove ilhas”, alertando “no sentido de que fossem calculadas as necessidades impreteríveis de abastecimento à Região Autónoma dos Açores”.
Este segundo período de greve, 9 a 30 de março, “preocupou-nos mais por duas ordens de razões", primeiro, porque "afeta mais do que um terminal do Porto de Lisboa e o também o terminal de Setúbal e, portanto, já não era tão limitado como o primeiro período de greve", e, em segundo lugar, porque esta paralisação surge depois de "um período de greve bastante prolongado, de três semanas”, onde se registaram alguns atrasos e constrangimentos, embora “não ao ponto de haver rotura no abastecimento”, disse.
“Como se recordam, em relação primeiro período de greve, tivemos algumas suspeitas de incumprimento desses serviços mínimos”, tendo formalizado essas suspeitas “junto das entidades fiscalizadoras e pedimos a fiscalização”, frisou Ana Cunha.
“O mesmo acontecerá neste segundo período”, caso haja dúvidas no cumprimento dos serviços mínimos, assegurou a Secretária Regional.