

O Governo dos Açores declarou-se hoje satisfeito com a requisição civil decidida para o Porto de Lisboa, acrescentando que na segunda-feira e hoje deram-se os alertas “mais graves” no acompanhar da greve dos estivadores.
“O alerta mais grave foi na segunda-feira e hoje, mas o Governo da República reagiu em menos de 48 horas e recorreu ao instrumento da requisição civil. (…) Foi com enorme satisfação que soubemos desta medida”, declarou à agência Lusa a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas, Ana Cunha.
Sublinhando que, “no papel”, os serviços mínimos estabelecidos para este período de greve “não anteviam qualquer constrangimento”, a governante reconheceu temer o escalar de problemas com o não cumprimento dos referidos serviços mínimos.
A secretária regional garantiu ainda que, mesmo no atual cenário de pandemia de Covid-19, não existe qualquer rutura de ‘stocks’ na região, mesmo nas ilhas das Flores e do Corvo, que a juntar a este cenário têm ainda problemas devido à destruição recente do porto das Lajes das Flores.
O Governo decretou hoje a requisição civil no Porto de Lisboa por considerar que não foram assegurados os serviços mínimos na greve dos estivadores, pondo em risco o abastecimento de Lisboa, Açores e Madeira, informou em comunicado.
O Governo acrescenta que “o caráter excecional da requisição civil fica ainda a dever-se ao atual quadro de contingência decorrente do surto Covid-19, no âmbito do qual se constatou já uma afluência extraordinária de pessoas aos supermercados e farmácias, que motivou uma rutura de ‘stocks'.