Na sua comunicação diária, o responsável máximo pela Autoridade de Saúde Regional, Tiago Lopes, avançou que foram detetados na região três casos recuperados que voltaram a acusar positivo para o novo coronavírus, explicando que a “evidência científica” mostra que “é possível que [a positividade] seja explicável por alguma remanescência do vírus ainda nas vias aéreas superiores e que é detetável (…), mas que não se considera contagioso”.
“Apesar de não se considerar contagioso, nós, indo ao encontro do nosso excesso de zelo (…), nestes casos (…), estamos a dar indicação às pessoas para permanecerem em vigilância ativa mais 14 dias”, prosseguiu.
A Autoridade de Saúde esclareceu à Lusa que a vigilância ativa se aplica a todos os casos recuperados e que aqueles que voltam a testar positivo devem manter-se em quarentena.
Esses casos continuam, no entanto, a ser contabilizados como recuperados, “até porque são pessoas assintomáticas, continuam sem dar qualquer sinal de infeção” e porque “poderá haver algum remanescente do RNA do vírus, que é detetado a nível laboratorial, mas que não é suficiente para contagiar outros indivíduos”, adianta o também diretor regional da Saúde.
Tiago Lopes explicou que “são considerados casos recuperados na região, contrariamente ao que é feito em território continental, quando um caso positivo faz o seu período de tratamento de recuperação e, por via de sucessivos testes que são realizados para despistes, passados 14 dias [de recuperação] e 3 dias sem sintomas de infeção, são, cumulativamente, conseguidos dois resultados negativos”.
O responsável destacou que, com a recuperação registada hoje na Terceira, extingue-se a segunda cadeia de transmissão identificada nesta ilha, que ficou ontem sem nenhum caso positivo ativo.
Assim, a região tem ainda uma cadeia de transmissão no Pico, que infetou cinco pessoas e mantém três casos ativos, e duas em São Miguel, sendo uma delas uma cadeia primária que originou dois casos, um deles ainda ativo, e a outra a cadeia originária na Povoação, com desenvolvimentos em Ponta Delgada e no Nordeste, que envolveu 74 casos positivos, disse Tiago Lopes.