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“Na sequência do plano sustentado de desenvolvimento do sector dos transportes deu, recentemente, o Governo Regional resposta a três questões vitais para a sua implementação e, estou em crer, pretende que este tenha uma aceitável relação custo/benefício”, salientou o parlamentar socialista.
Numa intervenção no âmbito do debate do Plano e Orçamento para 2011, Lizuarte Machado destacou, assim, a assinatura do acordo com os Estaleiros Navais de Peniche para a reactivação e reestruturação do Estaleiro da Navalcanal na Madalena e a construção nos portos comerciais de Região de estruturas fixas que permitam aos navios operarem com rampas de popa.
Além destas medidas, o deputado do PS/Açores realçou o lançamento do concurso para a construção dos dois navios para operarem na única zona da Região onde, pela via marítima, há movimento estável e permanente de pessoas, o Canal Pico/Faial e o Triângulo.
“Teve ainda o Governo Regional o cuidado de assegurar que os dois novos navios não só respondam às necessidades presentes e futuras da zona a que se destinam, como garantam a operação, sem limitações, nos portos da Madalena e da Calheta de S. Jorge”, disse.
Numa intervenção de tribuna, Lizuarte Machado salientou, também, que as políticas de transportes devem articular, num quadro estratégico de desenvolvimento, as dinâmicas de alteração de cada ilha, bem como a capacidade de reacção dos agentes económicos locais para marcarem o ritmo e o sentido das mudanças.
Isso deve ser feito – defendeu - sem permitir que as pressões locais, embora por vezes legítimas, se sobreponham à definição e implementação de princípios e objectivos de melhoria da mobilidade e das condições de vida em geral.
No segundo dia de debate parlamentar, o deputado socialista alegou, ainda, que o caminho que sobrepõe o interesse colectivo ao particular, é, pelas mais-valias que daí podem advir para toda a cadeia logística, o de implementar e promover o funcionamento das infra-estruturas portuária e aeroportuária de Ponta Delgada como "Gateways Hubs".
Esta opção é, no seu entender, a que permite aliar a atractividade que oferecem no desempenho da sua função "HUB" com o estabelecimento de cadeias logísticas mistas capazes de racionalizar custos e consequentemente reduzir o esforço colectivo.
“Não esqueçamos que nos cabe a nós, e só a nós Açorianos, a responsabilidade de projectarmos o nosso futuro colectivo e que, tal como não devemos dizer não apenas porque não, também não podemos apenas dizer sim apenas porque sim”, alertou o deputado.
Perante os deputados açorianos, Lizuarte Machado considerou ser, ainda, fundamental continuar a apostar nas acessibilidades, aéreas e marítimas, já que estas assumem um papel relevante no processo de desenvolvimento da Região.
“Para além da aposta global nos sistemas de transporte, prosseguindo na melhoria da qualidade dos serviços, importa continuar a investir nas infra-estruturas aeroportuárias e portuárias da Região, modernizando-as e adequando-as a novos tráfegos e a novas necessidades”, disse.
Segundo afirmou, a débil economia açoriana não subsistirá se nos limitarmos a exigir aos operadores logísticos, esquecendo a nossa responsabilidade na implementação de investimentos racionais e práticas de boa gestão.
A concluir, disse que o Plano Anual para 2011 prevê, para o desenvolvimento do transporte aéreo, um investimento total de 66.338.302 euros, sendo 31.528.302 euros do plano e 34.810.000 euros de outros fundos.
Para a consolidação e modernização dos transportes marítimos, prevê o Plano Anual para 2011 um investimento de 64.607.884 euros, sendo 15.191.726 euros do plano e 49.416.158 euros de outros fundos, mantendo-se naturalmente o apoio ao transporte marítimo de passageiros e viaturas entre todas as ilhas do Arquipélago
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